A lenda da existência dos vampiros é tão remota quanto a própria existência da humanidade. A designação do vampiro como um monstro sugador de energia vital foi uma das primeiras manifestações culturais diante do desconhecido, como por exemplo as doenças. Nos primórdios, ninguém tinha o conceito de "doença", e o corpo humano e a sua complexidade eram absolutamente ignorados. Quando alguém ficava doente associava-se logo a algo sobrenatural. Então surgiu a ideia de que seres se alimentavam da energia dos vivos, deixando-os naquele estado, levando-os por vezes até á morte.
Essa crença tem registos em culturas antiquíssimas como a mesopotâmica, a grega, a suméria, a babilónica, a asteca, a africana, a hebraica e muitas outras. Sendo o sangue considerado o símbolo da vida, muitas acreditavam que os seres se alimentavam dele. Isso gerou uma onda de pânico que resultou no assassinato de muitas pessoas por acreditarem serem vampiras. Acontece que algumas das doenças que atacaram a Europa no século XVIII, hoje conhecidas, têm sintomas idênticos aos relatos de vampirismo.
Os vampiros apesar de terem aparência variável nos mais variados folclores, foi nos vilarejos da Europa central que eles começaram a parecer-se mais com os vampiros de hoje e a serem documentados.
Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, dizem que a alma de um suicida deixava o seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos, sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo antes do nascer do sol. Assim, as suas vítimas também se tornavam vampiros após a morte.
As civilizações da Assíria e Babilónia, também registam lendas sobre criaturas que sugavam o sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se mortos-vivos vagueando pela noite e alimentando-se de sangue até que os sacramentos da igreja os libertem. Crianças não batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros...
